A grande adulteração de Mateus 28:19 expõe o paganismo enraizado no cristianismo atual
Quando falamos de adulteração de textos bíblicos, gosto de tomar o cuidado ao explicar ao leitor, reafirmo continuamente que a bíblia é o "livro dos livros" ela é a incrível bussola do viajante, o cajado de Arão de nossos dias.
Mas o que todos precisam começar a entender é que existem centenas e centenas de traduções, feitas cada uma para atender uma ideologia diferente, na grande parte das vezes com viés ideológicos baseados em pontos de vistas já definido por diversos reis, tradutores, papas, e outras figuras que querendo ou não, mudaram a historia e crença da igreja primitiva.
Imagem das antigas tríades pagãs |
Portanto antes de mais nada, prefiro frisar que a bíblia não é adulterada, pois em todas as bíblias que eu li, Jesus sempre morreu por nós, Davi derrotou Golias, Moisés libertou o povo de Israel por ajuda de Deus, e outros diversos homens e mulheres mostraram que mesmo sendo difícil, existe um povo que não se dobra a Ball.
Entendendo isso, é certo dizer que o problema não é na bíblia em si, e sim nas mais diversas traduções que existem pelo mundo. Que mesmo não adulterando passagens literais, elas fazem sim mudanças a pequenas palavras, frases, expressões ou omissões, com o objetivo de manter um fundamento de idealizadores e não com os de seus verdadeiros escritores.
O texto de Mateus 28:19 é sem duvidas vitima de adulteração, e o mais interpolado dos versículos que fazem referencias a trindade, ou mesmo, a questão do batismo.
Relacionado: Origem e desenvolvimento da teoria da trindade.
A evolução da Arqueologia Bíblica sobre a bíblia
Com o passar da historia e a evolução da arqueologia bíblica, foram descobertos diversos escritos, que nos permitiam entender melhor o passado, e responder muitas perguntas que a sociedade de hoje ainda tem, desde novos antigos pergaminhos contendo os livros de Marcos, Mateus, João entre outros, foram sendo achados pelo mundo, como por exemplo os Manuscritos do Mar Morto, além de diversos outros pelo mundo.
Existem diversa referencias como as de Eusébio de Cesárea, que cita a inexistência de "Mateus 28:19" o historiador milenar, classifica a passagem como um texto apócrifo, sendo feito para fortalecer uma teologia que no começo do terceiro século era criada por Tertuliano e desenvolvida poucas décadas mais tarde pelos famosos concílios de Niceia, ao mesmo tempo que ganhava força, mas não possuía um numero tão grande de seguidores.
O mais antigo manuscrito onde possui o verso de Mat 28:19 não possui a expressão "Em nome do Pai, e do Filho e do Espirito Santo" em uma outro antigo pergaminho é encontrada a passagem como um rascunho, e não literalmente no verso de Mateus 28:19, o que indica que já era pensado pelos tradutores daquele tempo, realizar essa adulteração de texto.
Afirmação de Bento XVI sobre Mateus 28:19 :
LIVRO: INTRODUÇÃO AO CRISTIANISMO DO CARDEAL JOSEPH RATZINGER, (PAPA BENTO 16) 1ª EDIÇÃO, 1968, PÁG. 82-83:
"A forma básica de nossa profissão de fé (Mateus 28:19 trinitária) tomou forma durante o segundo e terceiro séculos em conexão com a cerimônia do batismo. No que diz respeito ao seu lugar de origem, o texto (Mateus 28:19) veio da cidade de Roma. "O batismo da Trindade e o texto de Mateus 28:19, portanto, não se originaram da Igreja original que começou em Jerusalém em torno de 33 dC. Foi bastante, uma vez que a evidência prova uma invenção posterior do catolicismo romano completamente fabricada. Muito poucos sabem sobre esses fatos históricos. "- Introdução ao cristianismo Por Joseph Ratzinger. página 82-83.
Agora vemos afirmações fortíssimas sobre a adulteração de texto, de um homem do papado, isso é importante, porque foi justamente a fundação da igreja católica por Constantino, e o esforço do império romano em assimilar crenças cristãs e pagãs que a crença trinitária, bem como o batismo trinitário e diversas outras crenças como, guarda do domingo, adoração de Maria como a mãe de Deus, virgindade perpetua de Maria, e alguns seculos mais tarde, os postes ídolos e o purgatório. Todas essas crenças são de origens pagãs, bem como a maior parte das crenças estabelecidas pela igreja de Roma.
Vejamos o que as mais diversas enciclopédias pelo mundo falam sobre o assunto:
ENCYCLOPEDIA BRITANNICA, 11ª Ed. Vol. 3 Page 365-366, "A fórmula batismal foi mudada do nome de Jesus Cristo para as palavras Pai, Filho e Espírito Santo pela Igreja Católica no 2º século". Vol. 3 Page 82 "Em todos os lugares nas fontes mais antigas, afirma que o batismo ocorreu no Nome de Jesus Cristo".
ENCICLOPEDIA DE ENCÍCLOPÊNCIA DA SENHORITA, Page 53 - "A igreja primitiva sempre batizou no Nome do Senhor Jesus até o desenvolvimento da doutrina da Trindade no 2º século".
1913 ENCYCLOPEDIA CATÓLICA, Vol. 2, página 365, aqui o católico reconhece que o batismo foi alterado pela Igreja Católica.
HASTINGS ENCYCLOPEDIA OF RELIGION, Vol. 2 páginas 377-378-389, "O batismo cristão foi administrado usando o Nome de Jesus. O uso da fórmula trinitária de qualquer tipo não foi sugerido na história da igreja primitiva, o batismo foi sempre no Nome do Senhor Jesus, até o tempo de Justin Martyr quando a fórmula da trindade foi usada ". Hastings também disse em Vol. 2 Page 377, comentando em Atos 2:38, "NAME era um antigo sinônimo de pessoa. O pagamento sempre foi feito em nome de alguma pessoa referente à propriedade. Portanto, um ser batizado em Jesus Name tornou-se sua propriedade pessoal. "" Vocês são de Cristo ". I Cor. 3:23. NOVA ENCYCLOPEDIA INTERNACIONAL, Vol. 22 Page 477, "O termo" trindade "foi originado por Tertullain, pai da Igreja Católica Romana".
COMENTÁRIOS DO NOVO TESTAMENTO DE TYNDALE: "... a verdadeira explicação por que a igreja primitiva não administrou de imediato o batismo com o nome triplo é que as palavras de Mat 28:19 não eram significadas como uma fórmula batismal. [Jesus] não estava dando instruções sobre as palavras reais para ser usado no serviço do batismo, mas, como já foi sugerido, estava indicando que o baptizado passaria pelo batismo na posse do Pai, do Filho e do Santo Fantasma."
A ENCICLOPÉDIA DE RELIGIÃO E ÉTICA, James Hastings, p.384, "não há evidências [na história da igreja primitiva] para o uso do nome triúno". Rev. Steve Winter.
“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.”
ATOS 2.38: Pedro respondeu: “Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo”.
Recomendações de leitura:
👉 Adquira a "Enciclopédia de fatos da Bíblia: 1.000.000 de palavras - 100.000 fatos da bíblia de Gênesis a Apocalipse tudo nesta incrível enciclopédia" e aprenda mais sobre os principais fatos históricos da bíblia.
Este blog produz opiniões e textos independentes em uma perspectiva cristã com atualizações todos os domingos, obrigado por ler esse artigo, comente e de sua opinião, compartilhe com seus familiares e amigos, receba as Reflexões Cristãs pelo WhatsApp (19) 993702148.
Maravilha!!
ResponderExcluirParabéns, concordo 🙏🏻🙏🏻
ResponderExcluirCadê os manuscritos mais antigos que não contém Mateus 28:19? Meu amigo esqueceu de citar. O didaqué é uma obra da literatura cristã primitiva, escrito na segunda metade do século I, por volta de 60-90 d.C. No Capítulo VII ela traz o uso da fórmula batismal de Mt 28:19. Portanto, os primeiros cristãos não faziam o uso de Mt 28:19 porque o livro de Mateus provavelmente escrito no ano 60 ou 70 d.C. Eles ainda não tinham o conhecimento desta ordem de Jesus Cristo.
ResponderExcluirO didaque realmente tem origem no primeiro seculo da era cristã, mas a copia mais recente disponível, e tem origem de mais de dez seculos após o suposto original, exatamente por isso o didaque não é canônico, é evidente o grande risco de adulteração.
ExcluirPostar um comentário