"Façamos, Desçamos e Confundamos"
A Bíblia é sem duvida o livro mais importante de todos, não é por menos que sempre é o livro mais vendido em todos os anos e existem centenas de versões diferentes para um mesmo livro que nos apresenta 6000 anos de historia, segundo a tradição judaica.
Plural Majestático |
Logo ao começar a leitura da Bíblia encontramos o livro de Gênesis, no qual narra a criação do homem, a queda dos anjos, a origem do pecado e além da formação do povo de Israel e o cativeiro no Egito.
Originado a partir de teólogos católicos, já na Idade Media, os termos "façamos" (Gênesis 1.26) "desçamos" e "confundamos" (Gênesis 11:7-9) passarão a serem usados pelas correntes trinitárias e dualistas para a "prova de pluralidade na divindade". Sobre isso, também recomentados a leitura de a origem e desenvolvimento da trindade.
No entanto todos os principais comentaristas bíblicos e especialistas no hebraico clássico afirmam que as passagens não estão associadas a uma conversa entre pessoas da divindade, tanto na literatura bíblica como também na literatura apócrifa, nada relacionado a pessoas em uma divindade é mencionado. Exceto em textos de origens duvidosos séculos depois da era apostólica.
Alguns fatos que devem ser levados em conta, relacionado ao assunto, entendendo que a natureza de Deus, é algo muito abrangente, não podemos simplesmente criar doutrinas e deduções. Vejamos os fatos sobre o uso de façamos, desçamos e confundamos:
Fatos e observações importantes sobre o plural majestático
- #01 - O fato das passagens serem utilizada em pluralidade não significa numero exato de pessoas, sendo assim, poderia se tratar de 2, 3 ,4 ou mais pessoas numa conversa, e em nenhuma das passagens nos diz, com quem Deus falava, nada mais relacionado a conversa é mencionado na bíblia, e o mais importante, não observamos um dialogo, onde um "diz" e o outro "responde", sendo assim, qualquer coisa que seja afirmada, sobre a natureza dessa conversa, é teoria.
- #02 - Com um estudo cuidadoso no livro de Gênesis, é possível ver uma ação próxima de Deus com os anjos Querubins. O livro de Gênesis em si, é referencia para os estudos relacionados a angeologia, onde existem dezenas de passagens, que podem ser associadas a esses seres, que estão ligados diretamente as execuções dos planos de Deus.
- #03 - É interessante notarmos também que a execução de algumas dessas medidas se davam por meio dos anjos - Gên 18. 21; 19. 1; Êxo 3. 7- 8 compare com 14. 19; Gên 3. 24; Sal 91. 11; 103. 20. ou seja Deus usava os anjos ativamente e não apenas para deixa-los de enfeite.
- #04 - Além disso, os verbos plurais "façamos" e "desçamos" em Gênesis 1. 26 e 11. 7 tratam-se de verbos conotativos, ou seja, "O conotativo é o volitivo da primeira pessoa. Pode expressar a manifestação da vontade da pessoa que fala, ou um apelo à vontade de outra (s) pessoa (s) com quem ela se identifica ou associa."
Estudo relacionado: Jesus a teofania de Deus.
Baseado nisso só se pode afirmar-se que em Gênesis, Deus só poderia estar falando com os anjos, ou mesmo sozinho e nem de longe uma conversa "entre suposta pessoas de uma divindade"
Que a paz que excede todo o entendimento esteja com todos. Temos diversos estudos relacionados a divindade, onde usamos como referencia o ensino da Unicidade de Deus.
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